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segunda-feira, 3 de março de 2014
domingo, 7 de abril de 2013
Sabotadores da mente: só 20% das pessoas atingem seu potencial
É o que diz Shirzad Chamine, de ‘Inteligência positiva’, livro que chega ao Brasil depois de ter ficado na lista dos mais vendidos do NY Times (Fonte, http://oglobo.globo.com/emprego/sabotadores-da-mente-so-20-das-pessoas-atingem-seu-potencial-8049293)
MAÍRA AMORIM (
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Publicado:
7/04/13 - 8h58
Arte de Cruz
RIO - Apenas 20% das pessoas e das equipes alcançam seu verdadeiro potencial. E a culpa é dos sabotadores “invisíveis” da mente humana, que estariam constantemente impedindo a realização pessoal e profissional. A afirmação é de Shirzad Chamine, autor do livro “Inteligência positiva” (Ed. Fontanar), que chega ao Brasil este mês, depois de ter ficado na lista dos mais vendidos do NY Times em 2012. Para o autor, a mente pode ser a melhor amiga, mas também a pior inimiga.
Chamine, que é presidente do CTI, uma organização mundial de treinamento de coaches, criou o conceito de inteligência positiva, por meio do qual, diz ele, é possível medir a porcentagem de tempo em que a mente funciona em favor ou contra um indivíduo.
Um Quociente de Inteligência Positiva (QP) alto, por exemplo, pode levar a melhores salários, e maior sucesso na carreira, de acordo com a análise de estudos que testaram mais de 275 mil pessoas. Chamine demonstra ainda, por meio de pesquisas, que vendedores com QP alto vendem 37% mais do que colegas com QP menores, médicos com QP alto fazem diagnósticos 19% mais rapidamente, gerentes de projetos com QP alto se saem 31% melhor em média.
Mais do que isso: o desenvolvimento da inteligência positiva permitiria a um profissional perceber que, na verdade, tem muito mais tempo útil do que imagina, e que ser multitarefa não é tão bom quanto o mercado leva a crer..
O preço de ser um multitarefa
— O cérebro gasta uma boa dose de energia no começo de uma tarefa antes de realmente conseguir se concentrar nesta tarefa. Se você fica indo e voltando, seu cérebro vai pagar o preço e também aprender a não se concentrar de fato em nada por completo. Há muita energia sendo gasta dessa forma — afirmou Chamine, em entrevista por e-mail ao Boa Chance.
Chamine desenvolveu dois testes (disponíveis aqui): o primeiro ajuda o indivíduo a medir o seu índice de QP — uma pontuação de 75, por exemplo, significa que a mente age em seu favor em 75% do tempo e o sabota em 25%. O outro teste identifica, justamente, os tais sabotadores da mente — são dez no total. O crítico, o insistente, o prestativo, o hiper-realizador, a vítima, o hiper-racional, o hipervigilante, o inquieto, o controlador e o esquivo. Mecanismos invisíveis, segundo o autor, que estariam entranhados no modo como interpretamos e reagimos às coisas. Eles estariam em todas as pessoas, cada um de forma menos ou mais intensa, influenciados também pela cultura local.
— Existem tanto variações culturais quanto de gênero que fazem com que alguns sabotadores se escondam melhor. Por exemplo: nos Estados Unidos, os homens são encorajados a ser hiper-racionais. No Japão, as mulheres são estimuladas a serem prestativas. Nesses casos, a cultura local dificulta a percepção desses indivíduos de que essas tendências de comportamento são tendências sabotadoras — explica o autor, que diz, porém, que não é mais difícil enfraquecer um sabotador no Japão do que nos Estados Unidos, por exemplo. — As técnicas para mudar um sabotador são técnicas de domínio mental que não são influenciadas nem pelo tipo de sabotador, nem pela cultura na qual ele está inserido.
Ainda assim Yasushi Arita, presidente da Arita Treinamentos, empresa especializada em desenvolvimento pessoal e profissional, ressalta que o processo de mudança, mesmo com a apresentação de técnicas, nem sempre é fácil.
— A pessoa realmente tem que querer e, mesmo assim, não é simples. Quando há algo preso no inconsciente emocional, é muito difícil mudar — acredita Arita, que utiliza o conceito de “inteligência emocional”, popularizado na década de 90 por Daniel Goleman.
Primeiro passo: gostar do que se faz
No que diz respeito ao trabalho, acredita Arita, o primeiro passo para conseguir alterar alguns comportamentos da mente é gostar do que se faz.
— Todos os dias é possível melhorar. Quanto mais você gosta do que faz, melhor profissional vai querer se tornar — afirma o coach, que acha que livros como “Inteligência positiva” podem ajudar o profissional a se conhecer e a tomar consciência de si mesmo. — Mas a mudança depende apenas de cada um.
Padrões tendem a inibir a criatividade
O aumento da inteligência positiva, diz Shirzad Chamine, também pode ajudar profissionais a perceberem que, na verdade, a falta de tempo não é um problema tão grave, como muitos costumam se queixar.
— Quando o QP fica mais alto, as pessoas notam a enorme quantidade de energia, mental e emocional, que estava sendo gasta por causa dos sabotadores. Eles enganam, levando a crer que você está sendo muito eficiente e ocupado, quando, no fundo, é tudo desperdício de tempo — acredita o autor.
Guilherme Piletti, diretor de Whatever da Perestroika, escola de atividades criativas que oferece cursos como “Gestão do tempo” e “New ways of thinking” acha que, para render mais, é preciso conhecer o tempo.
— Quem tem essa postura e procura entender o uso do seu tempo tende a ter uma rentabilidade maior. Além disso, o posicionamento em relação ao tempo importa: se, no trabalho, surgem mais tarefas e compromissos, depende do profissional achar aquilo positivo ou usar isso para se afundar — diz Piletti.
Mercado não quer gênios indomáveis
O diretor da Perestroika associa as ideias do autor de “Inteligência positiva” ao fato de que o cérebro humano busca sempre padrões de conforto:
— O cérebro se sente confortável com padrões e acaba entrando em um pensamento automático. É como se ficasse viciado em um único caminho, o que também impede a criatividade de ser exercida com mais eficiência e a chegar a soluções inovadoras, já que fica sempre no mesmo modo para resolver os problemas que aparecem.
A coach e consultora de carreiras Waleska Farias diz, inclusive, que, em todos os atendimentos que realiza, a preocupação é sempre com a questão comportamental.
— Em 99% das demandas dos profissionais e dos executivos, o foco está nas condições emocionais e não técnicas — afirma Waleska, que trabalha utilizando o conceito de psicologia positiva, que, segundo ela, relaciona-se com a ideia de inteligência positiva de Chamine. — É uma tendência que está muito forte no mercado: as pessoas estão vendo que são o que acreditam ser.
No cenário de valorização das competências comportamentais, Waleska diz, inclusive, que o mercado, hoje, prefere trabalhar com profissionais medianos do que com gênios indomáveis:
— Por isso, buscar o autoconhecimento é fundamental: os profissionais precisam identificar quais são seus principais entraves, ou sabotadores, para combatê-los.
Assim é possível, também, aumentar o coeficiente de inteligência positiva. Mas Chamine explica que o nível não é alterado por situações externas, como uma promoção ou um casamento.
— A única forma de alterar permanentemente o estado de felicidade de uma pessoa é por intermédio do aumento do QP, o que acontece apenas dentro da mente, e não no mundo lá fora com a construção de riquezas e sucesso. Mas a boa notícia é que níveis mais altos de QP irão, automaticamente, resultar em melhores performances, mais dinheiro e mais sucesso — diz o autor, acrescentando, entretanto, que o contrário não é verdadeiro. — Trata-se de trazer a sua mente para o seu comando, em vez de deixar que os sabotadores a controlem.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/emprego/sabotadores-da-mente-so-20-das-pessoas-atingem-seu-potencial-8049293#ixzz2PpAegm00
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sábado, 28 de janeiro de 2012
Investimento - Educação
Convênios que oferecem MBA são um bom negócio para funcionários e empresas
Parcerias com empresas públicas e privadas sustentam as escolas de negócios em Brasília. Em média, sete em cada 10 alunos dessas instituições pertencem a grupos firmados por meio de convênios. O pesado investimento em qualificação dos funcionários tem acirrado a concorrência e provocado o mercado a apostar em professores de alto nível, ampliar o leque de cursos oferecidos, além de melhorar a infraestrutura das instalações. Na disputa por estudantes, turmas são montadas de acordo com as necessidades das organizações e os descontos chegam a 40%.
A depender da opção escolhida, garantir um MBA no currículo pode custar perto de R$ 25 mil. Viagens técnicas, para o Brasil ou mesmo para o exterior, turbinam as despesas com a pós-graduação. Ter o curso pago pela empresa — ou ao menos parte dele — é a oportunidade que muitos profissionais esperam para voltar a estudar. Do lado dos empregadores, capacitar a equipe virou diferencial. Algumas empresas, incentivadas pela turma dos recursos humanos, resolveram destinar percentual fixo do faturamento anual para formar os colaboradores.
De olho nessa tendência, escolas de negócios com atuação em Brasília se apressam para fechar as parcerias do ano. Até março, a busca por convênios deve ser intensa. Representantes das instituições de ensino costumam visitar as empresas para avaliar as necessidades da equipe. Coordenadores acadêmicos e gestores da firma definem juntos a programação dos chamados cursos in company. Há a possibilidade de as aulas, inclusive, serem realizadas no próprio ambiente de trabalho. Entre as áreas mais procuradas, estão as de gestão, gerenciamento de projetos, finanças e marketing.
Aposta Para as escolas, as parcerias representam um ótimo negócio, uma vez que minimizam os gastos com publicidade e reduzem quase a zero o índice de inadimplência. A proximidade com o poder público faz da capital do país uma boa praça para as instituições focadas em pós-graduação, sobretudo com o discurso em voga de profissionalização do funcionalismo. “A presença maciça de órgãos do Estado diferencia o mercado de Brasília dos demais. Todo servidor precisa, hoje em dia, ser um bom gestor público”, afirma a diretora da Universa Escola de Gestão, Renata Sanches.
O aumento da demanda levou a Fundação Universa a apostar em um investimento milionário ao erguer a sede na Asa Norte, inaugurada em junho de 2011. As parcerias com ministérios, bancos e empreiteiras, entre outros, respondem por 70% das matrículas. No Ibmec Brasília, aberto em 2008, a proporção é a mesma. “A cidade tem um público especial. Grande parte da demanda parte do poder público”, reforça Antônio Kronemberger, gestor de parcerias e soluções corporativas do Ibmec, que este ano já fechou cinco turmas com empresas, bancos e agências reguladoras.
A Fundação Getulio Vargas (FGV), no mercado brasiliense desde 1999, possui atualmente 20 projetos em conjunto com a iniciativa privada, conselhos regionais e associações. Além de montar grupos fechados, os clientes podem distribuir os funcionários entre os cursos convencionais, com direito a descontos entre 10% e 30%, a depender da quantidade de matrículas. O diretor da FGV em Brasília, Kleber Pina, lembra que convênios com o funcionalismo só não são mais frequentes porque os órgãos públicos têm restrições para firmá-los.
Empresários da cidade perceberam a ânsia dos empregadores por formação e também passaram a explorar um nicho de mercado voltado para palestras e cursos rápidos. As parcerias são fundamentais para a N Produções, empresa desse segmento que já associou seus 11 eventos anuais a quase 50 marcas. Cerca de 70% do público dos encontros — são, em média, 3 mil pessoas em cada um deles — fazem parte de um grupo cujos ingressos são custeados, pelo menos em parte, pelos apoiadores. Um palestrante cobra até R$ 90 mil. As entradas individuais chegam a R$ 300.
O diretor executivo da N Produções, José Paulo Furtado, comenta que existem cerca de 80 mil empresas registradas na Junta Comercial do Distrito Federal e, por isso, na avaliação dele, há muito espaço para crescimento desse mercado. “Percebemos uma deficiência muito grande de capacitação. Dentro e fora do serviço público, as empresas entenderam que o profissional não está chegando pronto”, diz. Tem crescido, completa ele, a demanda por conteúdos considerados mais simples, como vendas e motivação, atendimento, criatividade e gestão de tempo.
Mais rápidasMBA refere-se à sigla em inglês de Master of Business Administration, usada para descrever cursos de mestrado em administração de negócios. No Brasil, o termo se popularizou e passou a ser a aplicado a especializações lato sensu — mais rápidas e, geralmente, menos aprofundadas do que o mestrado —, com enfoque não somente em administração.
Exigência de bom desempenho
As empresas fazem questão de acompanhar o desempenho dos funcionários nas escolas de negócios. Algumas exigem das instituições relatórios periódicos para checar a frequência dos alunos bancados por elas e avaliar o investimento. “As empresas pagam, mas querem retorno”, afirma um dos gestores do Ibmec Antônio Kronemberger. Segundo ele, a pressão faz com que os estudantes resultado de parcerias se dediquem até mais do que aqueles que pagam o curso com dinheiro do próprio bolso. “Se ele não tem a pressão financeira, tem a pressão do emprego”, acrescenta Kleber Pina, diretor da FGV.
Um dos principais laboratórios clínicos de Brasília tem parceria com a FGV e a Fundação Dom Cabral. Mais de 100 funcionários, a maioria com cargos de liderança, já foram treinados às custas da empresa ou com bolsas de até 80%. Os boletins são sempre checados. A gerente de gestão e recursos humanos, Juliana Alcântara, diz que o investimento vale a pena. “A gente percebe na prática o resultado diferenciado do profissional capacitado”, justifica. Todos os anos, são destinados 5% do faturamento médio do laboratório para a formação da equipe.
A cientista da computação Simone Rocha, 30 anos, concluiu um MBA em administração estratégica de sistemas de informação pago pela empresa de tecnologia para a qual trabalha. Para isso, precisou ter a proposta de projeto final do curso aprovada pela firma. Após quatro anos no mercado, ela já pretendia encarar uma pós-graduação, mas reconhece que a oportunidade da bolsa serviu de incentivo para concretizar os planos. “Valeu a pena. Os conhecimentos que adquiri durante os dois anos de estudos são aplicados no meu dia a dia na empresa”, comenta. (DA)
Diego Amorim
Publicação: 28/01/2012 08:39 Atualização: 28/01/2012 10:32
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Simone Rocha teve o MBA custeado pela empresa em que trabalha: conhecimentos aplicados no dia a dia |
Parcerias com empresas públicas e privadas sustentam as escolas de negócios em Brasília. Em média, sete em cada 10 alunos dessas instituições pertencem a grupos firmados por meio de convênios. O pesado investimento em qualificação dos funcionários tem acirrado a concorrência e provocado o mercado a apostar em professores de alto nível, ampliar o leque de cursos oferecidos, além de melhorar a infraestrutura das instalações. Na disputa por estudantes, turmas são montadas de acordo com as necessidades das organizações e os descontos chegam a 40%.
A depender da opção escolhida, garantir um MBA no currículo pode custar perto de R$ 25 mil. Viagens técnicas, para o Brasil ou mesmo para o exterior, turbinam as despesas com a pós-graduação. Ter o curso pago pela empresa — ou ao menos parte dele — é a oportunidade que muitos profissionais esperam para voltar a estudar. Do lado dos empregadores, capacitar a equipe virou diferencial. Algumas empresas, incentivadas pela turma dos recursos humanos, resolveram destinar percentual fixo do faturamento anual para formar os colaboradores.
De olho nessa tendência, escolas de negócios com atuação em Brasília se apressam para fechar as parcerias do ano. Até março, a busca por convênios deve ser intensa. Representantes das instituições de ensino costumam visitar as empresas para avaliar as necessidades da equipe. Coordenadores acadêmicos e gestores da firma definem juntos a programação dos chamados cursos in company. Há a possibilidade de as aulas, inclusive, serem realizadas no próprio ambiente de trabalho. Entre as áreas mais procuradas, estão as de gestão, gerenciamento de projetos, finanças e marketing.
Aposta Para as escolas, as parcerias representam um ótimo negócio, uma vez que minimizam os gastos com publicidade e reduzem quase a zero o índice de inadimplência. A proximidade com o poder público faz da capital do país uma boa praça para as instituições focadas em pós-graduação, sobretudo com o discurso em voga de profissionalização do funcionalismo. “A presença maciça de órgãos do Estado diferencia o mercado de Brasília dos demais. Todo servidor precisa, hoje em dia, ser um bom gestor público”, afirma a diretora da Universa Escola de Gestão, Renata Sanches.
O aumento da demanda levou a Fundação Universa a apostar em um investimento milionário ao erguer a sede na Asa Norte, inaugurada em junho de 2011. As parcerias com ministérios, bancos e empreiteiras, entre outros, respondem por 70% das matrículas. No Ibmec Brasília, aberto em 2008, a proporção é a mesma. “A cidade tem um público especial. Grande parte da demanda parte do poder público”, reforça Antônio Kronemberger, gestor de parcerias e soluções corporativas do Ibmec, que este ano já fechou cinco turmas com empresas, bancos e agências reguladoras.
A Fundação Getulio Vargas (FGV), no mercado brasiliense desde 1999, possui atualmente 20 projetos em conjunto com a iniciativa privada, conselhos regionais e associações. Além de montar grupos fechados, os clientes podem distribuir os funcionários entre os cursos convencionais, com direito a descontos entre 10% e 30%, a depender da quantidade de matrículas. O diretor da FGV em Brasília, Kleber Pina, lembra que convênios com o funcionalismo só não são mais frequentes porque os órgãos públicos têm restrições para firmá-los.
Empresários da cidade perceberam a ânsia dos empregadores por formação e também passaram a explorar um nicho de mercado voltado para palestras e cursos rápidos. As parcerias são fundamentais para a N Produções, empresa desse segmento que já associou seus 11 eventos anuais a quase 50 marcas. Cerca de 70% do público dos encontros — são, em média, 3 mil pessoas em cada um deles — fazem parte de um grupo cujos ingressos são custeados, pelo menos em parte, pelos apoiadores. Um palestrante cobra até R$ 90 mil. As entradas individuais chegam a R$ 300.
O diretor executivo da N Produções, José Paulo Furtado, comenta que existem cerca de 80 mil empresas registradas na Junta Comercial do Distrito Federal e, por isso, na avaliação dele, há muito espaço para crescimento desse mercado. “Percebemos uma deficiência muito grande de capacitação. Dentro e fora do serviço público, as empresas entenderam que o profissional não está chegando pronto”, diz. Tem crescido, completa ele, a demanda por conteúdos considerados mais simples, como vendas e motivação, atendimento, criatividade e gestão de tempo.
Mais rápidasMBA refere-se à sigla em inglês de Master of Business Administration, usada para descrever cursos de mestrado em administração de negócios. No Brasil, o termo se popularizou e passou a ser a aplicado a especializações lato sensu — mais rápidas e, geralmente, menos aprofundadas do que o mestrado —, com enfoque não somente em administração.
Exigência de bom desempenho
As empresas fazem questão de acompanhar o desempenho dos funcionários nas escolas de negócios. Algumas exigem das instituições relatórios periódicos para checar a frequência dos alunos bancados por elas e avaliar o investimento. “As empresas pagam, mas querem retorno”, afirma um dos gestores do Ibmec Antônio Kronemberger. Segundo ele, a pressão faz com que os estudantes resultado de parcerias se dediquem até mais do que aqueles que pagam o curso com dinheiro do próprio bolso. “Se ele não tem a pressão financeira, tem a pressão do emprego”, acrescenta Kleber Pina, diretor da FGV.
Um dos principais laboratórios clínicos de Brasília tem parceria com a FGV e a Fundação Dom Cabral. Mais de 100 funcionários, a maioria com cargos de liderança, já foram treinados às custas da empresa ou com bolsas de até 80%. Os boletins são sempre checados. A gerente de gestão e recursos humanos, Juliana Alcântara, diz que o investimento vale a pena. “A gente percebe na prática o resultado diferenciado do profissional capacitado”, justifica. Todos os anos, são destinados 5% do faturamento médio do laboratório para a formação da equipe.
A cientista da computação Simone Rocha, 30 anos, concluiu um MBA em administração estratégica de sistemas de informação pago pela empresa de tecnologia para a qual trabalha. Para isso, precisou ter a proposta de projeto final do curso aprovada pela firma. Após quatro anos no mercado, ela já pretendia encarar uma pós-graduação, mas reconhece que a oportunidade da bolsa serviu de incentivo para concretizar os planos. “Valeu a pena. Os conhecimentos que adquiri durante os dois anos de estudos são aplicados no meu dia a dia na empresa”, comenta. (DA)
Diego Amorim
Publicação: 28/01/2012 08:39 Atualização: 28/01/2012 10:32
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Empresas - Instabilidades no mundo.
Por Reuters, reuters.com, Atualizado: 19/1/2012 7:37
Kodak pede concordata nos EUA
(Reuters) - A Eastman Kodak, que inventou as câmeras de mão e ajudou o mundo a registrar as primeiras imagens da Lua, entrou com pedido de proteção contra falência nos Estados Unidos, após um prolongado declínio de uma das companhias mais conhecidas do país.
A companhia de 130 anos e pioneira do filme fotográfico informou que obteve uma linha de crédito de 950 milhões de dólares do Citigroup para continuar operando. O vencimento é de 18 meses.
O empréstimo e a proteção contra credores podem dar à Kodak o tempo necessário para encontrar compradores para algumas de suas 1.100 patentes de tecnologias digitais, o conjunto de ativos mais importante da empresa, e se reestruturar enquanto continua a pagar os 17 mil empregados.
"O conselho de diretores e toda a alta direção acreditam de forma unânime que isso é um passo necessário e a coisa certa a fazer para o futuro da Kodak", declarou o presidente de conselho e presidente-executivo, Antonio Perez, em comunicado.
"Agora teremos que concluir a transformação, reestruturando ainda mais nossos custos e efetivamente nos capitalizando sobre os ativos de propriedade intelectual não essenciais. Queremos trabalhar com nossos acionistas para fazer surgir uma companhia de primeira linha em imagem digital e material científico", acrescentou.
A Kodak informou que a empresa e suas subsidiárias nos EUA recorreram à concordata para reorganização do negócio no tribunal de falências do distrito sul de Nova York. As companhias que não são subsidiárias norte-americanas não fazem parte do processo de recuperação e continuarão a honrar as obrigações com os clientes, afirmou a fabricante.
A Kodak já dominou sua indústria e seu filme fotográfico foi incorporado em uma popular música de Paul Simon, mas a empresa não conseguiu se adaptar a tecnologias mais modernas rápido o suficiente, como a câmera digital, produto inventado pela própria companhia.
O valor de mercado da companhia afundou para 150 milhões de dólares ante 31 bilhões de dólares 15 anos atrás.
Nos últimos anos, o presidente-executivo moveu as atenções da Kodak mais para a área de impressoras de consumo e comerciais. Mas a estratégia fracassou na tentativa de restaurar o lucro da companhia, algo que a Kodak não registra desde 2007, e em estancar a perda de recursos que tornou mais difícil para empresa cumprir com obrigações junto a fundo de pensão e outros benefícios de funcionários e aposentados.
(Por Nick Brown)
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Brasil cresce mais do que o esperado e surpreende mercado (Fonte Correio Brasiliense)
Brasil cresce mais do que o esperado e surpreende mercadoÍndice de Atividade Econômica do Banco Central registra expansão de 1,15% em novembro. Ritmo de cortes na taxa de juros pode diminuir
Publicação: 17/01/2012 07:20 Atualização: 17/01/2012 07:27
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Alexandre Tombini, presidente do BC: desempenho anima equipe e prioridade será o combate à inflação |
O Brasil voltou a crescer e surpreendeu o mercado. Enquanto a maioria dos analistas esperava o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de novembro em torno de 0,9%, o país registrou avanço de 1,15%, desempenho que foi recebido com euforia pelo governo. Além das vendas do comércio, a recuperação da indústria contribuiu: a expectativa é de que tenha feito de dezembro mais um mês de crescimento elevado.
Para a equipe econômica, a atividade saiu do fundo do poço e vai dar passos ainda mais largos sob efeito do novo salário mínimo e do impacto do afrouxamento monetário. Em fevereiro, o piso nacional chega ao bolso dos trabalhadores valendo R$ 622. Na visão de especialistas, praticamente todo o ganho extra será direcionado para o consumo, o que deve promover uma expansão forte no Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas do país) no início do ano. No segundo trimestre, a economia começa a sentir o efeito dos cortes nos juros básicos (Selic) feitos até agora e o brasileiro poderá ter acesso a financiamentos mais baratos.
Com a economia praticamente de volta ao seu curso normal, a equipe do presidente do BC, Alexandre Tombini, tende a ficar mais conservadora e concentrar suas forças no combate à inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Semanal, calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), assustou ao registrar elevação de 0,97% na segunda prévia de janeiro. As perspectivas do boletim semanal Focus para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês também estão ligeiramente distantes do ideal para que a carestia encolha para o centro da meta, definida em 4,5% . A expectativa do mercado para janeiro é de 0,55%, taxa 0,17 ponto percentual acima do desejado pelo BC.
Mesmo com esse cenário animador e às vésperas da primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano, o mercado acredita que ainda não há elementos suficientes para uma mudança na estratégia do BC. Segue unânime a aposta de mais um corte de 0,50 ponto percentual, porém, os analistas começam a questionar até quando será possível seguir com o afrouxamento monetário. Se os especialistas estiverem certos, amanhã a Selic cairá de 11% ao ano para 10,5%. “A queda já está precificada”, afirmou o economista-chefe da Prosper Corretora, Eduardo Velho.
Sinais
Alfredo Barbutti, economista da corretora BGC Liquidez, afirma que a dúvida em relação à longevidade do ciclo de ajuste foi plantada pelo próprio BC na divulgação do último relatório trimestral de inflação, em dezembro do ano passado. “O diretor (do BC) Carlos Hamilton indicou que o período de cortes seria menor do que o previsto inicialmente pelo mercado”, disse. Agora, a reunião do Copom de 6 e 7 de março começa a figurar como possível limite para as quedas de 0,50 ponto percentual na Selic, quando a taxa alcançaria 10% ao ano. Entretanto, tudo deve depender do cenário internacional.
“O Banco Central já viveu essa situação antes (de inflação e crescimento em alta) e não mudou de ideia quanto à flexibilização da política monetária. O BC vem se pautando mais pelo cenário internacional”, ponderou Jankiel Santos, economista-chefe do Espírito Santo Investment Bank. Mauro Schneider, economista-chefe do Banif, considera que ainda é cedo para falar em mudança na rota da taxa Selic. “O peso do cenário internacional deve continuar a ser relevante e ele ainda está mergulhado em incertezas e riscos”, argumentou.
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Produção de tomate foi prejudicada pelas chuvas: alta de 18,85% |
Vendas
Segundo a prévia do antecedente de atividade econômica do Itaú Unibanco, o país cresceu 0,4% em dezembro do ano passado, puxado por uma aceleração da produção industrial e das vendas do varejo. Comparada a dezembro de 2010, a expansão foi de 1,8%. A perspectiva do banco para o quarto trimestre do ano é de expansão de 0,2%. “Apesar dos sinais de que a economia voltou a se expandir na margem, o último trimestre de 2011 ainda foi fraco”, observou Aurélio Bicalho, economista do Itaú Unibanco.
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